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Quem são as estudantes de medicina que debocharam de paciente transplantada em São Paulo

Caso de Vitória Chaves, que morreu dias depois do vídeo, levanta debate sobre ética e humanização na saúde.


Alunas de medicina zombam de jovem que recebeu transplante — Foto: Reprodução Instagram
Alunas de medicina zombam de jovem que recebeu transplante — Foto: Reprodução Instagram

Duas estudantes de medicina foram denunciadas por injúria após gravarem um vídeo "zombando" de uma paciente que havia passado por três transplantes de coração e um de rim. A jovem Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, morreu dias depois da publicação, que foi apagada das redes sociais na última terça-feira (8). O caso gerou repercussão e está sendo investigado pela Polícia Civil.


Identificadas como Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, as alunas cursam medicina na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e na Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh), em Minas Gerais, respectivamente. Elas participaram de um curso de extensão de um mês no Instituto do Coração (Incor), onde o vídeo foi gravado.

Na gravação, uma delas ironiza: “Essa menina tá achando que tem sete vidas?”


Vitória estava internada no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, e lutava contra uma doença rara chamada Anomalia de Ebstein, uma cardiopatia congênita grave. Ao longo da vida, ela passou por quatro transplantes — três de coração e um de rim. Segundo o hospital, a causa da morte foi um choque séptico associado à insuficiência renal crônica.


Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, morreu dias depois da publicação, que foi apagada das redes sociais — Foto: Reprodução redes sociais
Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, morreu dias depois da publicação, que foi apagada das redes sociais — Foto: Reprodução redes sociais

Em nota conjunta, as instituições de ensino repudiaram a atitude das estudantes e destacaram que o comportamento delas não condiz com os princípios éticos da formação médica. Afirmaram ainda que abriram apuração interna com “máxima urgência” para responsabilização das envolvidas.


A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou a abertura de inquérito policial por injúria no 14º Distrito Policial, em Pinheiros. O Ministério Público também recebeu uma denúncia formal sobre o caso e está analisando a conduta das estudantes. A Faculdade de Medicina da USP, responsável pelo Incor, reforçou seu repúdio e disse manter um compromisso inegociável com a ética e a dignidade dos pacientes.




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