Rio em Alerta para Dengue: Bairros com Maior Risco e Primeiro Óbito de 2025
- sellsmartdigitalrj
- 28 de jan.
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Regiões críticas são monitoradas para evitar o avanço da doença; veja onde a situação é mais grave.

Divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) na segunda-feira (dia 27), o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025 aponta que três áreas da cidade foram classificadas como em estado de alerta para a incidência do mosquito transmissor da dengue. As regiões incluem um total de 28 bairros localizados na parte Central da capital e na Zona Oeste do município. Os números foram anunciados no mesmo dia em que o Rio registrou a primeira morte pela doença em 2025.
Segundo a Prefeitura do Rio, cerca de dois mil agentes de vigilância em saúde vistoriaram mais de 100 mil imóveis para coletar as amostras, enviadas para o laboratório de entomologia. Três regiões apresentaram classificação de "alerta": Central, as áreas de Campo Grande e de Santa Cruz. O levantamento considera a infestação em alerta quando o índice supera 1,0.
Os bairros que fazem parte das três regiões que receberam classificação de "alerta" são:
Região Central, com índice de 1,74%, é formada por Caju, Vasco da Gama, Centro, Lapa, Cidade Nova, Santo Cristo, Gamboa, Saúde, Estácio, Catumbi, São Cristóvão, Paquetá, Rio Comprido, Santa Teresa, Benfica e Mangueira.
A região de Campo Grande, com índice de 1,29%, reúne Santíssimo, Campo Grande, Senador Vasconcelos, Inhoaíba, Cosmos, Guaratiba, Barra de Guaratiba, Pedra de Guaratiba e Ilha de Guaratiba.
A região de Santa Cruz, com índice de 1,28%, abrange Santa Cruz, Sepetiba e Paciência.
A primeira morte pela dengue no município em 2025 é de um homem que morava em um dos bairros que estão em alerta para a incidência do Aedes aegypti. Ele tinha 38 anos e era morador de Campo Grande.
No cenário geral da cidade, foi constatada uma melhora, em comparação com janeiro do ano passado. O índice saiu de 0,79 para 0,74, em 2025.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o levantamento identifica as áreas de maior circulação do mosquito, possibilitando uma abordagem mais eficaz no controle da infestação:
— Quatro vezes por ano, os agentes de saúde fazem o LIRAa para verificar o índice de infestação do Aedes aegypti. O objetivo desse monitoramento é identificar as áreas de maior circulação do mosquito e os tipos de depósitos mais comuns, permitindo uma abordagem mais eficaz para o controle da infestação. Com isso, é possível direcionar as informações de prevenção e alertar a população sobre onde está o foco de água parada, que é mais perigoso e tem maior risco de proliferação dos mosquitos.
No ano passado, o Rio viveu uma epidemia de dengue, com mais de 110 mil casos da doença registrados, o maior número nos últimos dez anos. Só em janeiro de 2024, foram 10.141 casos da doença. Este ano, foram registrados 1.012 casos e uma morte.
Mais de 2 mil casos no estado
Segundo o Ministério da Saúde, o Rio é um dos seis estados com possibilidade de aumento na incidência nos casos de dengue em 2025. Segundo modelagens do InfoDengue, é esperado um crescimento no número de casos no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
Até agora, foram registrados 2.124 casos prováveis de dengue em todo o estado do Rio, além de 141 internações, uma morte e outras sete sob investigação.
Como combater os focos do mosquito?
O LIRAa também revelou os locais com maior número de focos de mosquito da dengue no Rio. Segundo a pesquisa, os focos mais predominantes (29,8%) foram encontrados em depósitos móveis, como vasos e frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construção e objetos religiosos.
A orientação para evitar a proliferação de mosquitos nesses recipientes é realizar a limpeza semanal com bucha ou esponja, esfregando as paredes do recipiente pelo menos uma vez por semana.
O levantamento também mostrou que é preciso ter atenção com os ralos. Nesse caso, os cuidados recomendados são a limpeza semanal, vedação ou telagem.
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