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Rio em Alerta para Dengue: Bairros com Maior Risco e Primeiro Óbito de 2025

Regiões críticas são monitoradas para evitar o avanço da doença; veja onde a situação é mais grave.


Pneus deixados ao ar livre em Campo Grande são possíveis focos do mosquito da dengue
Pneus deixados ao ar livre em Campo Grande são possíveis focos do mosquito da dengue — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) na segunda-feira (dia 27), o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025 aponta que três áreas da cidade foram classificadas como em estado de alerta para a incidência do mosquito transmissor da dengue. As regiões incluem um total de 28 bairros localizados na parte Central da capital e na Zona Oeste do município. Os números foram anunciados no mesmo dia em que o Rio registrou a primeira morte pela doença em 2025.


Segundo a Prefeitura do Rio, cerca de dois mil agentes de vigilância em saúde vistoriaram mais de 100 mil imóveis para coletar as amostras, enviadas para o laboratório de entomologia. Três regiões apresentaram classificação de "alerta": Central, as áreas de Campo Grande e de Santa Cruz. O levantamento considera a infestação em alerta quando o índice supera 1,0.


Os bairros que fazem parte das três regiões que receberam classificação de "alerta" são:

Região Central, com índice de 1,74%, é formada por Caju, Vasco da Gama, Centro, Lapa, Cidade Nova, Santo Cristo, Gamboa, Saúde, Estácio, Catumbi, São Cristóvão, Paquetá, Rio Comprido, Santa Teresa, Benfica e Mangueira.


A região de Campo Grande, com índice de 1,29%, reúne Santíssimo, Campo Grande, Senador Vasconcelos, Inhoaíba, Cosmos, Guaratiba, Barra de Guaratiba, Pedra de Guaratiba e Ilha de Guaratiba.


A região de Santa Cruz, com índice de 1,28%, abrange Santa Cruz, Sepetiba e Paciência.

A primeira morte pela dengue no município em 2025 é de um homem que morava em um dos bairros que estão em alerta para a incidência do Aedes aegypti. Ele tinha 38 anos e era morador de Campo Grande.


No cenário geral da cidade, foi constatada uma melhora, em comparação com janeiro do ano passado. O índice saiu de 0,79 para 0,74, em 2025.


Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o levantamento identifica as áreas de maior circulação do mosquito, possibilitando uma abordagem mais eficaz no controle da infestação:


— Quatro vezes por ano, os agentes de saúde fazem o LIRAa para verificar o índice de infestação do Aedes aegypti. O objetivo desse monitoramento é identificar as áreas de maior circulação do mosquito e os tipos de depósitos mais comuns, permitindo uma abordagem mais eficaz para o controle da infestação. Com isso, é possível direcionar as informações de prevenção e alertar a população sobre onde está o foco de água parada, que é mais perigoso e tem maior risco de proliferação dos mosquitos.


No ano passado, o Rio viveu uma epidemia de dengue, com mais de 110 mil casos da doença registrados, o maior número nos últimos dez anos. Só em janeiro de 2024, foram 10.141 casos da doença. Este ano, foram registrados 1.012 casos e uma morte.


Mais de 2 mil casos no estado


Segundo o Ministério da Saúde, o Rio é um dos seis estados com possibilidade de aumento na incidência nos casos de dengue em 2025. Segundo modelagens do InfoDengue, é esperado um crescimento no número de casos no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.


Até agora, foram registrados 2.124 casos prováveis de dengue em todo o estado do Rio, além de 141 internações, uma morte e outras sete sob investigação.


Como combater os focos do mosquito?


O LIRAa também revelou os locais com maior número de focos de mosquito da dengue no Rio. Segundo a pesquisa, os focos mais predominantes (29,8%) foram encontrados em depósitos móveis, como vasos e frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construção e objetos religiosos.


A orientação para evitar a proliferação de mosquitos nesses recipientes é realizar a limpeza semanal com bucha ou esponja, esfregando as paredes do recipiente pelo menos uma vez por semana.


O levantamento também mostrou que é preciso ter atenção com os ralos. Nesse caso, os cuidados recomendados são a limpeza semanal, vedação ou telagem.

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