Olga Bykovskaya foi julgada à revelia e está na lista dos mais procurados pela Justiça da Ucrânia.

Uma russa que "liberou" o marido soldado para estuprar ucranianas no front da guerra foi condenada a cinco anos de prisão por um tribunal da Ucrânia.
Olga Bykovskaya incitou o seu marido, Roman Bykobsky, que engrossa as forças de Moscou na campanha na ex-república soviética, a cometer violência sexual contra mulheres ucranianas, de acordo com gravação telefônica interceptada.
O Serviço Secreto da Ucrânia (SSU) divulgou o áudio da conversa na qual a mulher deu "permissão" ao marido, desde que ele "usasse proteção". O casal foi identificado depois que falaram com jornalistas na Radio Liberty e os investigadores usaram tecnologia para comparar suas vozes com a conversa telefônica interceptada, contou o "Daily Star".

Na ligação telefônica para o marido, de 27 anos, Olga disse:
"Então sim, faça isso lá. Mulheres ucranianas lá. Estupre-as. Sim. Não me diga nada, entendo."
A russa, que vive em Feodosia, na Crimeia ocupada pelas forças de Moscou, foi condenada à revelia. Olga está na lista dos mais procurados pela Justiça da Ucrânia.
Ela deverá começar a cumprir a sentença no dia em que for presa, afirmaram autoridades judiciais ucranianas.
Não foram informadas as regiões em que Roman já combateu. Olga afirmou a uma rádio que o seu marido estava em Sebastopol recebendo tratamento hospitalar após ser ferido. Roman negou ser dele a voz na chamada telefônica.
Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, não são poucos os relatos de ucranianas estupradas por combatentes russos, uma violação da Convenção de Genebra.
Autoridades e grupos de ajuda dizem que há milhares de mulheres, homens e crianças que foram abusados sexualmente por soldados russos e têm lutado para reconstruir suas vidas. O governo da Ucrânia fez esforços significativos para documentar e processar casos de violência sexual.
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