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Viúva de Agente da Core Morto na Zona Oeste Presta Homenagem Emocionante

Foto do escritor: sellsmartdigitalrjsellsmartdigitalrj

Policial civil foi assassinado ao retornar da casa da mãe; esposa faz despedida comovente nas redes sociais.


Juíza Tula Mello se declara ao marido morto por bandidos no Rio: 'Voa meu amor, além do infinito' — Foto: Reprodução
Juíza Tula Mello se declara ao marido morto por bandidos no Rio: 'Voa meu amor, além do infinito' — Foto: Reprodução

A juíza Tula Mello, viúva do policial civil João Pedro Marquini, publicou, nesta quarta-feira, em seu perfil em uma rede social, uma declaração de amor para o marido, que morreu baleado no último domingo. "Voa meu amor! Além do infinito! Estaremos juntos para sempre", disse ela. Marquini pertencia à Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e foi morto a tiros por criminosos na Serra da Grota Funda, na Zona Oeste do Rio.


Em outra publicação, a juíza usa trechos do samba de Paulinho da Viola e diz que o marido "Foi um rio que passou em minha vida... E meu coração se deixou levar... Meu amor...

João... Te amo infinitamente". Ela coloca a canção como fundo musical. "Foi um rio que passou em minha vida" data de 1970 e foi criada pelo compositor em homenagem à sua escola do coração, a Portela.


Tula também repostou publicações de amigos que estiveram no velório e sepultamento do marido, que ocorreu na manhã de terça-feira, no Cemitério Jardim da Saudade. Foram divulgadas imagens da oração feita pelos colegas da Core, a tropa de elite da Polícia Civil, a salva de palmas e o momento em que foram lançadas pétalas de rosas sobre os presentes. As mensagens também lamentam a morte de Marquini e mostram momentos felizes com ele.


A juíza Tula Mello posta mensagem em que declara seu amor ao marido que foi morto no Rio — Foto: Reprodução
A juíza Tula Mello posta mensagem em que declara seu amor ao marido que foi morto no Rio — Foto: Reprodução

Relembre o que aconteceu com o policial


A juíza Tulla Mello e seu marido, o policial civil da Core João Pedro Marquini, foram à casa da mãe do agente, em Campo Grande. Eles foram buscar o veículo Sandero prata de Marquini, que estava em manutenção. No retorno para casa, na Barra da Tijuca, por volta das 21h, o policial conduzia o Sandero na frente; e a juíza o seguia em seu veículo, um Outlander preto blindado.


O local onde o policial foi morto — Foto: Editoria de Arte
O local onde o policial foi morto — Foto: Editoria de Arte

Na Serra da Grota Funda, em Vargem Grande, os dois foram surpreendidos por um Tiggo prateado atravessado na via. Bandidos armados com fuzis estavam fora do veículo na Serra da Grota Funda, em Vargem Grande. A suspeita é a de que um total de cinco homens participaram da tentativa de assalto. A suposta utilização de mais dois carros pelos bandidos, além do Tiggo 7, também é investigada.


A juíza deixa o local de marcha à ré. Os bandidos dispararam, e o carro dela foi atingido por quatro tiros. A blindagem conteve os projéteis. Um dos tiros acertou a lataria da tampa do motor.


A polícia acredita que o policial tenha desembarcado, e os bandidos tenham atirado sem que Marquini tenha feito um disparo. O agente foi atingido por dois tiros no tórax, dois em um dos braços e um em uma das pernas. O policial morreu no local. O corpo da vítima foi encontrado por policiais ao lado do Sandero. A arma dele não foi achada.


Tiggo 7 estava com o vidro dianteiro perfurado por tirios — Foto: Marcos Nunes/Agência O GLOBO
Tiggo 7 estava com o vidro dianteiro perfurado por tirios — Foto: Marcos Nunes/Agência O GLOBO

Logo após o crime, policiais da Core fizeram uma operação na região e encontraram o Tiggo 7 que teria sido usado pelos bandidos nos arredores da comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena. O carro era roubado e ostentava placa clonada de um veículo que roda no Estado de São Paulo.


Para a polícia, os bandidos teriam fechado a pista para roubar carros e trocar um dos veículos que o grupo utilizava. A informação é uma das que estão sendo investigadas por policiais civis.


O Tiggo estava com vidro dianteiro perfurado por tiros. Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investigam o assassinato do policial, trabalham com a hipótese de que esse carro teria tido o vidro atingido por tiros em confronto com milicianos numa tentativa de invasão à Favela de Antares, ocorrido pouco antes da morte do agente. A comunidade fica a 22 quilômetros do local do crime, onde os bando teria parado para roubar carros.




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